sexta-feira, 14 de outubro de 2011

DRIVER: San Francisco




Ao ser revelado na E3 de 2010, apresentando a habilidade polêmica de saltar de carro em carro, "incorporando" em seu motorista, Driver: San Francisco já começou mal. O primeiro - e melhor - game da franquia, por mais que tivesse seus momentos absurdos dígnos de The Dukes of Hazzard, mantinha os pés no chão e apenas uma ideologia na cabeça: dirija com habilidade ou falhe.
Mas, após colocar as mãos no título finalizado, posso garantir que aReflections Interactive conseguiu o que parecia improvável ao unir tudo o que fez de Driver um marco nos jogos de corrida, ao mesmo tempo em que adicionou novidades o suficiente para tornar este um dos jogos mais gratificantes do ano.

Sem entrar em muitos detalhes do enredo, que é uma das coisas mais incríveis desta nova edição e que precisa ser apreciado com todas as suas surpresas - algumas delas de colar o cérebro no teto -, John Tanner sofre um grave acidente ao perseguir o vilão Charles Jericho, o que lhe garante o poder de elevar seu espírito às alturas e tomar o lugar de qualquer outra pessoa que esteja motorizada.
O que mais chama a atenção nesta habilidade é a possibilidade de alternar rapidamente entre os veículos, criando estratégias e armadilhas durante uma perseguição, por exemplo, e os diálogos majoritariamente hilários que se seguem depois que Tanner começa a dirigir feito um maluco na pele alheia.
Ao escolher uma missão no mapa de São Francisco, o protagonista entra de bicão na conversa entre motorista e passageiro, arrancando boas risadas ao tentar explicar para uma esposa em pânico porque estão dirigindo na contramão ou sacaneando o incorporado, arrumando uma confusão para depois pirulitar do corpo dele.

Com grandes poderes...
Já que a viga-mestra da franquia está focada no domínio do jogador sobre o automóvel, a possibilidade de trocar de carro quando lhe der na telha faz deste novo Driver o mais variado e desafiador de todos, já que cada veículo - todos licenciados, com direito a clássicos como Kombis e o nosso querido Fusca - apresenta peculiaridades que interferem na hora de sair cantando pneus pela cidade.

As missões, graças ao adendo místico de Tanner, são extremamente variadas e fazem total sentido dentro do contexto proposto pelo jogo. Em alguns momentos é necessário tomar posse de um carro de polícia para perseguir um suspeito até o seu covil, em outros, é mais vantajoso para a investigação estar na pele do bandido e levá-lo em segurança até os seus comparças para conseguir informações dos peixes grandes.
Driver: San Francisco me pegou de surpresa, ultrapassou o muro do preconceito e, ouso dizer, me divertiu como nenhum outro jogo em 2011. O título possui inúmeros defeitos, como bugs de colisão, jogabilidade contraproducente no início e a dificuldade que atinge níveis críticos perto da conclusão da trama, mas nenhuma destas características conseguiu riscar a lataria deste carro a ponto de tirar-lhe a beleza.
A Reflections conseguiu trazer este veterano de volta às pistas em ótima forma e eu espero que não capote novamente.

Vejam o trailer que foi exibido na E3 2010




TÍTULO: Driver: San Francisco
GÊNERO: Ação
PLAYERS: 01
MULT-PLAYER ON LINE: Sim
PRODUTORA: Ubisoft
PLATAFORMA: XBox 360 e PS3

Reportagem retirada do site IG GAMES


Nenhum comentário:

Postar um comentário