Ao ser revelado na E3 de 2010, apresentando a
habilidade polêmica de saltar de carro em carro, "incorporando" em
seu motorista, Driver: San Francisco já começou mal. O primeiro - e
melhor - game da franquia, por mais que tivesse seus momentos absurdos dígnos
de The Dukes of Hazzard, mantinha os pés no chão e apenas uma ideologia na
cabeça: dirija com habilidade ou falhe.
Mas, após colocar as mãos no título finalizado, posso
garantir que aReflections Interactive conseguiu o que parecia improvável
ao unir tudo o que fez de Driver um marco nos jogos de corrida, ao
mesmo tempo em que adicionou novidades o suficiente para tornar este um dos
jogos mais gratificantes do ano.
Sem entrar em muitos detalhes do enredo, que é uma das
coisas mais incríveis desta nova edição e que precisa ser apreciado com todas
as suas surpresas - algumas delas de colar o cérebro no teto -, John
Tanner sofre um grave acidente ao perseguir o vilão Charles Jericho,
o que lhe garante o poder de elevar seu espírito às alturas e tomar o lugar de
qualquer outra pessoa que esteja motorizada.
O que mais chama a atenção nesta habilidade é a
possibilidade de alternar rapidamente entre os veículos, criando estratégias e
armadilhas durante uma perseguição, por exemplo, e os diálogos majoritariamente
hilários que se seguem depois que Tanner começa a dirigir feito um maluco na
pele alheia.
Ao escolher uma missão no mapa de São Francisco, o
protagonista entra de bicão na conversa entre motorista e passageiro,
arrancando boas risadas ao tentar explicar para uma esposa em pânico porque
estão dirigindo na contramão ou sacaneando o incorporado, arrumando uma
confusão para depois pirulitar do corpo dele.
Com grandes poderes...
Já que a viga-mestra da franquia está focada no domínio do
jogador sobre o automóvel, a possibilidade de trocar de carro quando lhe der na
telha faz deste novo Driver o mais variado e desafiador de todos, já que cada
veículo - todos licenciados, com direito a clássicos como Kombis e o
nosso querido Fusca - apresenta peculiaridades que interferem na hora
de sair cantando pneus pela cidade.
As missões, graças ao adendo místico de Tanner, são
extremamente variadas e fazem total sentido dentro do contexto proposto pelo
jogo. Em alguns momentos é necessário tomar posse de um carro de polícia para
perseguir um suspeito até o seu covil, em outros, é mais vantajoso para a
investigação estar na pele do bandido e levá-lo em segurança até os seus
comparças para conseguir informações dos peixes grandes.
Driver: San Francisco me pegou de surpresa, ultrapassou o
muro do preconceito e, ouso dizer, me divertiu como nenhum outro jogo em 2011.
O título possui inúmeros defeitos, como bugs de colisão, jogabilidade
contraproducente no início e a dificuldade que atinge níveis críticos perto da
conclusão da trama, mas nenhuma destas características conseguiu riscar a
lataria deste carro a ponto de tirar-lhe a beleza.
A Reflections conseguiu trazer este veterano de volta às
pistas em ótima forma e eu espero que não capote novamente.
Vejam o trailer que foi exibido na E3 2010
TÍTULO: Driver: San Francisco
GÊNERO: Ação
PLAYERS: 01
MULT-PLAYER ON LINE: Sim
PRODUTORA: Ubisoft
PLATAFORMA: XBox 360 e PS3
Reportagem retirada do site IG GAMES
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